A Guiné Equatorial relatou 9 mortes e 16 casos suspeitos do vírus de Marburg, colocou 200 pessoas em quarentena e decretou oficialmente o seu primeiro surto desse vírus.

No entanto, o governo de Camarões detectou dois casos suspeitos da doença de Marburg, no dia 13.02 (segunda-feira), em uma região da fronteira com a Guiné Equatorial.

Marburg é um vírus muito infeccioso que, ao atacar o corpo humano, causa uma doença mortal semelhante ao ebola. A taxa de fatalidade é de até 88%, segundo a OMS. Não há vacina nem tratamento aprovado contra o vírus de Marburg.

O delegado de saúde pública para a região, Robert Mathurin Bidjang, afirmou que os casos suspeitos foram identificados na comuna de Olamze. “Em 13 de fevereiro, tivemos dois casos suspeitos. São duas crianças de 16 anos, um menino e uma menina, que não têm histórico de viagens anteriores às áreas afetadas na Guiné Equatorial”, disse Bidjang em uma reunião na capital de Camarões, Yaoundé.

Se os casos forem confirmados, Camarões será o segundo país onde o vírus foi detectado. A Guiné Equatorial decretou oficialmente seu primeiro surto do vírus Marburg na segunda-feira.

Camarões já havia restringido o movimento na fronteira para evitar o contágio antes mesmo da Guiné Equatorial decretar o surto do vírus, quando começaram a surgir relatos de uma febre hemorrágica desconhecida e mortal no país, na semana anterior.

Como o ebola, o vírus de Marburg é originário de morcegos. Se espalha entre as pessoas por contatos próximos, pelos fluidos corporais de pessoas infectadas, ou por superfícies, como lençóis contaminados.

O vírus é raro e foi identificado em 1967, depois de ter causado surtos em laboratórios na cidade de Marburg, Alemanha, e em Belgrado, Sérvia. Sete pessoas que conduziam experimentos em macacos morreram naquele ano.

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