O sarampo é uma doença viral contagiosa e uma das maiores causas de morte entre crianças não vacinadas.

Está entre as doenças infecciosas mais contagiosas e faz milhares de vítimas todos os anos, ainda que haja vacina para preveni-la.

As mortes por sarampo no mundo diminuíram em 73% nos últimos anos, passando de 535 mil em 2000 para 142 mil em 2018, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, o vírus da doença ainda é comum em muitos países em desenvolvimento, particularmente em regiões da África e da Ásia. Há uma vacina efetiva e segura desde os anos 60, mas os surtos continuam a ocorrer devido à quantidade insuficiente de programas de imunização.

O sarampo grave é mais comum entre crianças desnutridas com menos de cinco anos. Pessoas com insuficiência de vitamina A ou com sistemas imunológicos fragilizados pelo HIV/Aids ou por outras doenças estão especialmente vulneráveis a contraírem o sarampo.

O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Antes da introdução da vacina contra a doença, em 1963, e da vacinação das populações em massa, a cada 2-3 anos eram registradas importantes epidemias de sarampo, que chegaram a causar aproximadamente 2,6 milhões de mortes ao ano.

A doença continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas em todo o mundo, apesar de haver uma vacina segura e eficaz disponível. Aproximadamente 110 mil pessoas morreram por sarampo em 2017 – a maioria crianças com menos de cinco anos.

O sarampo é causado por um vírus da família paramyxorividae e é normalmente transmitido por meio de contato direto e pelo ar. O vírus infecta o trato respiratório e se espalha por todo o corpo. É uma doença humana, ou seja, não ocorre em animais.

As atividades aceleradas de imunização tiveram um grande impacto na redução das mortes por sarampo. De 2000 a 2017, a vacinação contra o sarampo evitou aproximadamente 21,1 milhões de mortes. O número de óbitos pela doença no mundo caiu 80% no período – passando de 545 mil no ano 2000 para 110 mil em 2017.

  1. Causa

    O sarampo é causado por um vírus altamente contagioso, normalmente transmitido por contato direto e pelo ar. O vírus infecta o trato respiratório e se espalha por todo o corpo.

  2. Sintomas

    Os sintomas se manifestam entre 10 e 14 dias após a exposição ao vírus e incluem coriza, tosse, infecção nos olhos, erupção cutânea e febre alta. Três a cinco dias após o início dos sintomas, uma erupção cutânea explode. Geralmente, começa como manchas vermelhas planas que aparecem no rosto na linha do cabelo e se espalham para o pescoço, tronco, braços, pernas e pés.

  3. Prevenção

    Uma vacina segura e de baixo custo contra o sarampo existe, e campanhas de vacinação em larga escala diminuíram drasticamente o número de casos e mortes por sarampo. Entretanto, a cobertura vacinal continua baixa em países com estruturas de saúde frágeis ou entre pessoas com acesso limitado a serviços de saúde, portanto, grandes surtos ainda podem ocorrer.

    A vacinação é a melhor forma de proteção contra o sarampo e, mesmo após a doença se espalhar, a vacina ainda pode reduzir o número de casos e mortes. A dificuldade está no fato de pelo menos 95% das pessoas precisarem estar imunizadas para prevenir novos surtos.

  4. Diagnóstico

    O diagnóstico clínico do sarampo demanda um histórico de febre de pelo menos três dias e a presença de pelo menos um dos três seguintes sintomas: tosse, coriza ou conjuntivite. Grupos de pequenas manchas brancas no interior da boca, conhecidas como manchas de Koplik, também são um sinal de sarampo. Essas manchas geralmente aparecem dois dias antes da coceira característica do sarampo.

  5. Tratamento

    Não há tratamento específico para o sarampo; os pacientes são isolados e tratados por falta de vitamina As complicações relacionadas com os olhos, estomatite (aftas), desidratação devido à diarreia, falta de proteína e infecções do trato respiratório.

    A maioria se recupera em duas ou três semanas, mas entre 5% a 20% das pessoas com sarampo morrem, normalmente em decorrência de complicações graves, como diarreia, desidratação, encefalite (inflamação no cérebro) ou infecções respiratórias. As crianças que correm o risco de desenvolver desnutrição moderada a grave recebem apoio nutricional e tratamento.

Folha informativa

A vacinação de rotina contra o sarampo em crianças, combinada com campanhas de imunização em massa em países com altas taxas de casos e mortes, são estratégias-chave de saúde pública para reduzir as mortes pela doença em todo o mundo. A vacina contra o sarampo está em uso há mais de 50 anos e é segura, eficaz e acessível economicamente. Imunizar uma criança contra o sarampo custa menos de US$ 1.

A vacina contra o sarampo é frequentemente incorporada com vacinas contra a rubéola e/ou caxumba. É igualmente eficaz na forma única ou combinada. Adicionar a vacina contra a rubéola na vacina para o sarampo não supõe mais que um pequeno custo adicional e permite compartilhar os gastos com vacinação e administração.

Em 2017, aproximadamente 85% das crianças em todo o mundo receberam uma dose da vacina contra o sarampo em seu primeiro ano de vida por meio dos serviços de saúde de rotina – no ano 2000, foram 72%. São necessárias duas doses da vacina para garantir imunidade e prevenir surtos, considerando que 15% das crianças vacinadas não conseguem desenvolver imunidade na primeira dose.

Da quantidade estimada de 20,8 milhões de crianças não vacinadas com pelo menos uma dose de vacina contra o sarampo por meio da imunização de rotina em 2017, cerca de 8,1 milhões estavam em três países: Índia, Nigéria e Paquistão.

Fontes:
Medecins sans Frontieres
Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS

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