O pior surto de gripe das aves de sempre no Japão está a dizimar as suas aves e a fazer subir os preços dos ovos
Mais de 17 milhões de aves morreram em todo o país nesta estação. A eliminação das carcaças deve ser feita corretamente para evitar a propagação do vírus ou a contaminação do abastecimento de água. Geralmente há planos para gerir os resíduos criados durante um surto de gripe das aves, incluindo carcaças, estrume e equipamento de proteção. Mas o número de galinhas a eliminar aumentou para além das expectativas, relatou a NHK. Algumas regiões estão a queimar os frangos mortos quando conseguem ter acesso a instalações de incineração.
Agora, o país também tem que lidar com o facto de estar a ficar sem espaço para enterrar galinhas mortas. Governos locais e agricultores dizem que há falta de terra adequada para enterrá-las, informou a emissora nacional NHK, citada pela Time.
O caso do Japão salienta a necessidade de os países reverem a forma como lidam com a gripe das aves. Especialmente, porque o número recorde de mortes devido ao vírus está a tornar-se uma norma em todo o mundo. Isso fez Japão forçar empresas suspenderem a venda de artigos que contêm ovos na sua composição ou a aumentarem os seus preços.
Qual é a situação da gripe aviária?
Embora tenham ocorrido surtos principalmente na Europa, Estados Unidos e Ásia, a doença propagou-se também para a América do Sul nos últimos meses. Os países como a Argentina, o Uruguai e a Bolívia relataram os seus primeiros casos.
Esse cenário está a afetar o fornecimento global de carne e ovos, numa altura em que aumentam os receios de inflação.
A gripe aviária está a afetar de forma considerável a população humana, animal e ambiental. Fato que está a preocupar as autoridades sanitárias para dar cobro a situação. Ela é causada por infecções naturais entre aves aquáticas selvagens, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Aves infectadas podem transmitir o vírus para outros animais através de sua saliva e outras secreções corporais.